sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VOTANDO COM HUMILDADE PERANTE A NATUREZA

 “Em nome das conquistas não devemos ser compassivos com os erros”. A frase dita por Marina, ainda no estúdio do debate desta 5ª, para o Jornal da Globo, merece uma atenção especial diante do comportamento de onipotência de Lula e sua pupila, supostamente “autorizados” pela popularidade alcançada. Subiram num pedestal tal que desdenham até do poder judiciário. Mas o problema maior é quando acham que estão acima da natureza. Aí não cabe recurso, apenas a implacável lei de ação e reação.

O PT embarcou numa onda de obras monumentais, como que querendo superar o governo militar. Mas há uma enorme diferença! Agora vivemos época de mudanças climáticas e as maiores obras do PAC2 serão as 19 usinas hidroelétricas justamente na bacia amazônica, a maior distribuidora de umidade do planeta. As consequências em absolutamente nada serão atenuadas pelo Bolsa-Família ou qualquer outro avanço. Aliás, o termo “Bolsa-empreiteira” atribuído por Plínio ao governo cai como uma luva. Só que a natureza não brinca, não negocia, não debate e não está nem aí para piadinhas ou conquistas. Pense bem antes de votar em alguém que pratica a política do “tudo pode”.

Marina é a candidata certa, no lugar certo, no momento certo. Com os recordes de chuvas e baixa umidade que se sucedem desde 2008, está mais do que claro que as mudanças climáticas chegaram ao nosso quintal. Como diria Fritjof Capra, chegamos a um ponto de bifurcação imposto pelas consequências da noção de desenvolvimento desvinculada da sustentabilidade. A chance de votar em uma ambientalista para presidente é agora, único momento que de fato nos pertence.

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